quinta-feira, 5 de julho de 2012

Uma "breve"olhada no mundo de Mega Man


300px-MegamanMM&BNo ano de 200x a Capcom construiu um robô azul e o chamou de Mega Man. Nascia um dos mais icônicos heróis dos videogames. Um personagem que virou sinônimo de trilha sonora perfeita, dificuldade hardcore,power-ups criativos, péssima arte na capa dos jogos, progresso não linear de fases e de excelência no gênero plataforma. Um ano depois veio ao mundo Mega Man 2, que ensinou a todos como se deve fazer uma sequência direta levando à perfeição todos os conceitos apresentados por seu antecessor. É esta joia do Nintendinho que eu lhe convido a relembrar no Blast from the Past de hoje.Na verdade o ano de criação do Mega Man não foi 200x, mas sim 1987. Foi nesse ano que a Capcom lançou o primeiro Mega Man para NES, um jogo que espantou a todos com seu sucesso. Afinal, a princípio parecia ser apenas mais um mero game de plataforma no mercado, destinado a lutar por um espaço na estante entre tantos outros gigantes da época. Mas a ideia de deixar o jogador escolher a ordem em que queria passar pelas fases, a trilha sonora empolgante, e o poder de usar as armas dos inimigos derrotados agradou muito os jogadores, que rapidamente se apaixonaram pelo robô azul Mega Man. Nada mais natural então que lançar uma sequência. O que ninguém poderia imaginar é que Mega Man 2 seria a primeira de incontáveis sequências, o começo da construção de um legado incrível, e uma impressionante aula de como fazer a melhor continuação possível de um jogo de videogame.É quase impossível descrever com palavras o quanto a sequência de introdução do jogo já deixa o jogador pilhado para a ação. A tela mostra um prédio à direita e um cenário bem urbano ao fundo. Entra então uma música que começa tímida e segue como uma lenta balada enquanto a história do jogo é contada em poucos caracteres: "Dr. Light criou Mega Man para derrotar o maligno Dr. Wily. Após sua primeira derrota, Wily criou outros oito robôs para se vingar." A história é tão simples que caberia num tweet, né? Tão logo você termina de ler a trama, a imagem do prédio começa a se deslocar para cima, numa velocidade cada vez maior, enquanto a música aumenta de intensidade. Assim que chegamos ao topo do arranha-céus, a música explode em puro Rock’n Roll e encontramos Mega Man no topo do prédio com seus cabelos esvoaçantes. É a nossa deixa para vestir o capacete, empunhar o Mega Buster, e partir para a ação.Embora a animação do Mega Man e os controles base sejam basicamente os mesmos do primeiro jogo, absolutamente todos os outros elementos do game foram incrementados ou lapidados até o limite. Se no primeiro game eram apenas seis níveis bem simples, agora cada uma das oito fases possui um visual vivo e vibrante, que transmite perfeitamente as características chave do robô mestre responsável por guardar a fase. Até o sistema de física entra na roda da modernização. Por exemplo, na fase de Bubble Man, o robô aquático, Mega Man precisa se deslocar embaixo d’água. Tão logo você mergulha é possível perceber que a gravidade mudou: seus pulos estão mais altos e é mais difícil andar com velocidade. Um pequeno detalhe da jogabilidade que faz toda a diferença. Outra mudança muito bem-vinda e necessária foi uma leve diminuição na dificuldade. Não se engane, o jogo ainda é incrivelmente desafiador, mas há menos momentos “apelões” que exigem horas de memorização de padrões de movimento. A fase de Quick Man, com seus lasers que matam Mega Man num único toque e que parecem viajar na velocidade da luz, e a fase de Heat Man, que conta com os eternamente odiados bloquinhos de plataforma que somem o tempo inteiro e depois reaparecem por meros segundos são as únicas duas exceções de níveis com dificuldade desbalanceada. A adição dos E Tanks, aqueles itens que permitem recarregar a energia sempre que achar conveniente, também colabora para tornar a dificuldade um pouco mais amigável. Ah, temos também a abençoada inclusão de um sistema de passwords. Nada como passar pela densa e desafiadora floresta de Wood Man e poder ir dormir sabendo que no dia seguinte não vai precisar passar por aquela pedreira novamente!

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